Olá pessoas lindas que me lêem!
O que é o exame FAN (Fator
Antinuclear)? É um teste habitualmente solicitado para os pacientes que estão
com suspeita de uma doença de origem autoimune. Daí você pode me perguntar -
Mas você tinha suspeitas pra esse tipo de doença? E eu te respondo - Não, eu
não tinha, e na época eu nem imaginava que esse exame tinha essa finalidade, só
fiz todos os exames que o médico passou, e esse era um deles. Acredito que o
médico passou, afim de eliminar qualquer tipo de ameaça, caso eu optasse por
fazer uma FIV.
Isso aconteceu em 2016, e eu na
época, não fui atrás de maiores esclarecimentos e continuei minha vida como se
nunca houvesse feito esse exame antes. Só que, como eu falei no post anterior,
eu sentia umas coisas, que hoje eu sei que já eram sintomas, porém naquela
época, eu achava que era chikungunya, e por isso não dei muita bola.
Eu sentia muitas dores nas
articulações, cada dia era em um lugar diferente, como se a dor fosse andando e
quisesse parar cada dia em um lugar, teve vezes que eu não levantava o braço,
porque não aguentava de dor, meu esposo tinha que tirar minha blusa, vestido,
na época que essas dores atacavam, elas iam e voltavam, as vezes com intervalos
de tempos maiores, as vezes menores e duravam dias, mas pra mim, eu tinha a chikungunya
e uma hora eu ficaria boa. O tempo foi passando, e mais ou menos em agosto de
2017 eu comecei a sentir dores no estomago, dores fortes também, quando eu
comia sentia dor, se não comia sentia dor, ou seja, doía de qualquer jeito,
decidi por conta própria que era do refrigerante (amo uma coca-cola) parei
total com o refri, as dores diminuíram, mas não desapareceram. Mas quem disse
que eu ia no médico?! Gente, eu confesso que a essa altura, estava com medo,
não queria ir e descobri que estava morrendo (tenho a mente fértil, ela voaaa
mesmo), então começaram a surgir outros sintomas: falta de apetite, tinha dia
que passava o dia sem comer mesmo, nadinha, só água, sentia náuseas, tonturas,
um cansaço sem explicação, fadiga, palpitações, não conseguia subir uma escada
que ficava com falta de ar, parecia que tinha corrido uma maratona. Então, meu
esposo lindo resolveu se posicionar e marcou uma consulta com um gástrico pra
mim, afinal, já era fevereiro de 2018, e pro digníssimo não havia mais conversa
eu iria e pronto. Então eu fui né, fazer o que?!
Graças a Deus que eu fui viu, o
médico era maravilhoso, falei tudo pra ele, me ouviu, se preocupou em me acalmar,
porque eu perguntei logo se estava morrendo ( não estou ) mas graças a Deus,
não era o caso, ai ele passou outros exames, inclusive o bendito FAN de novo,
fiz endoscopia e todos os outros exames que ele solicitou, voltei depois com os
resultados, todos alterados, o que era pra estar baixo, estava alto e vice e
versa, o FAN positivo mais uma vez, na endoscopia deu que eu tenho Atrofia da
mucosa gástrica (explicarei cada coisa em um post próprio), nos meu exames,
deram que meus anticorpos estavam ativos, estava com anemia também, fora as
outras alterações, ele então, me encaminhou para uma hematologista, para exames
de sangue mais detalhados e também por causa do FAN positivo. Quando eu ouvi o
nome HEMATOLOGISTA, pensei logo nas doenças que eles tratam, e comecei a chorar
quando cheguei em casa e a orar, pedindo a Deus que me ajudasse seja lá no que
eu tivesse que passar. Chegou o dia da consulta com a Hemato, ela viu todos os
exames que eu tinha feito, e dentro do que ela já tinha em mãos, me diagnosticou
com anemia perniciosa e anemia ferropriva, a primeira, causada pela deficiência
de vitamina B12 e a segunda é a deficiência de ferro, ambas devido a Atrofia da
mucosa gástrica, que causa deficiência na absolvição de nutrientes pelo meu
organismo, Ela me passou o tratamento inicial, tomar injeções de vitamina B12
por três semanas e reposição de ferro, fiquei aliviada por não ser algo mais
grave como achei que fosse, e glorifiquei a Deus mais uma vez. A partir daí ela
me encaminhou para um Reumatologista para investigar o FAN, então, finalmente
fui nesse bendito médico depois de quase dois anos.
Chegou o dia da consulta, levei
um monte de exames dos médicos anteriores, todos os diagnósticos anteriores,
ele viu tudo, fez alguns exames na hora, fez mil perguntas, e então deu o
resultado de acordo com o que ele tinha em mãos, ele olhou pra mim e disse:
Você tem Lúpus! Na hora eu meio que entrei em transe, sabe quando você tá ali,
mas não tá?! Pois é, fiquei assim, sem dizer nada, não fiz perguntas, fiquei
catatônica, ele passou outros exames complementares, para confirmar o Lúpus e
já passou os medicamentos para iniciar o tratamento, e eu sai da sala dele meio
que dormente, mandei uma mensagem pelo whats, pro meu esposo, com essas duas
palavras: Deu Lúpus. Pedi que ele não me ligasse naquele momento, pois eu
estava a um trís de chorar, e eu só queria fazer isso em casa, e foi exatamente
o que fiz, cheguei em casa, cai em oração e choro, sem entender porque eu
estava passando por tudo aquilo, pedi consolo a Deus e chorei muito, muito
mesmo! Então levantei renovada, pronta para lutar mais essa batalha que era
totalmente nova pra mim. Nesse mesmo dia compramos os medicamentos, no dia
seguinte já fui fazer os exames pra ter logo esse diagnóstico fechado, alguns
dias pra frente recebi os resultados e fui inventar de ler na internet o
que cada um significava antes de mostrar
pro médico, eu li tanta coisa horrível que me arrependi (sério, não façam isso)
pois de todos os exames que ele pediu, somente um exame deu positivo, e para
ser Lúpus, tinha que todos os demais darem positivo também, logo, com esse
único exame positivo, o diagnóstico só podia ser outro. E euzinha fui fazer o que?
Fui lá, pesquisar mais uma vez no “médico”
google, e mais uma vez, só vi coisas horríveis, que me encheram de medo, fiquei
louca (NÃO FAÇAM ISSO, NUNCA!) Então, mais uma vez fui orar e chorar nos pés do
meu Deus, porque só ele pra entender a loucura que eu estava passando e
pensando naquele momento, e como sempre, Ele devolveu a paz e a calma ao meu
coração tão aflito.
Voltei ao médico com todos os
exames em mãos, e como eu suspeitava, não era Lúpus, e sim Doença Mista do
Tecido Conjuntivo (DMTC).
O post ficou realmente longo dessa vez, e olha que eu resumi, viu!?
Sobre meu diagnóstico, irei continuar no próximo post, falando sobre a DMTC, como a estou encarando e tudo que ela representa na minha vida de tentante.
Farei também um post individual com mais informações sobre cada coisa que falei nesse post, para quem interessar.
Beijos!
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