Olá! Andei sumida por uns dias. Os dias andam bem corridos ultimamente,
ando bem ocupada e consequentemente, não tive tempo para escrever esses dias
como gostaria de tê-lo feito.
Como o post anterior ficou um tanto comprido, e como eu
disse que faria, vou contar o que foi descoberto a partir daquele fatídico dia
em que perdi meu bebê neste post.
Se você não leu o post anterior, aqui está → Uma dor que nunca imaginei passar...
Como vocês sabem, minha gravidez não foi planejada, se você
leu os posts anteriores você entende o que estou falando, então como tal, não
fiz determinados exames que geralmente quem planeja uma gravidez faz pra saber
se está tudo bem e assim então prosseguir e partir para a tentativa de gerar um
filho. Eu sei que isso não é necessariamente uma regra, mas eu planejava dessa
forma, não foi o que aconteceu no entanto, nem tudo na vida sai de fato como
você projeta na maioria das vezes. No meu caso, desconhecia diversos fatores
que poderiam implicar em um possível aborto, em uma gravidez de risco ou que eu
pudesse de alguma forma ter algum "problema" que me impedisse de
chegar a maternidade com mais facilidade como a maioria da mulheres. Como eu
havia dito antes, eu fiquei internada por um tempo devido o meu aborto
espontâneo, um médico enviado por Deus, apareceu e resolveu que queria
investigar o motivo do meu aborto, então fiquei para fazer alguns exames como
ele solicitou, acredito que ele se sensibilizou com o meu estado diante de uma
dor dessa.
Claro que não foram exames tão elaborados e específicos, afinal,
estamos falando de um hospital público e que não era especialista nessa área em
questão. Fiz alguns exames de sangue, foi solicitado ao meu mozi que também
fizesse alguns, saindo os resultados, foi descoberto a nossa incompatibilidade
sanguínea, pois é, eu tenho Fator Rh negativo enquanto ele é positivo. Gente,
nunca que eu tinha ouvido algo sobre isso ou como isso poderia afetar em uma
gestação. Descoberto isso, fiz o exame Coombs, que deu reagente e foi a causa
do meu aborto, pois o bebê era Rh positivo, então meu organismo viu o meu bebê
como um "invasor" produziu
anticorpos e o expulsou de dentro de mim. Foi inevitável me sentir triste com isso, eu sei que não devia, que
estava fora do meu controle, mas não deixei de me sentir culpada por de alguma
forma, o meu próprio organismo rejeitar o meu bebê, me sentir culpada por não
ter descoberto antes e talvez pudesse ter evitado isso de alguma forma.
O médico me informou que eu teria que tomar uma vacina para
prevenir problemas futuros em uma próxima gestação, eu tomei a vacina matergam e
alguns dias depois recebi alta com a esperança de que não teria mais com o que
me preocupar. Certo que os planos de uma gravidez não estava inclusa nos meus
planos em futuro próximo, depois de ter passado por tudo aquilo, eu tinha muito
medo de que voltasse a se repetir, então não, naquele momento da minha vida,
depois daquilo que passei, eu não queria uma gravidez pra logo, mas com
certeza, queria que tudo estivesse bem e que nada disso voltasse a se repetir
no futuro.
Um aborto eu acredito que seja sempre difícil, não tenho
dúvidas disso, mas quando isso acontece na sua primeira experiência de
gravidez, te deixa tão insegura, com medo de que se repita, que você meio que
prorroga a próxima vez, fica adiando pra
depois, pelo menos comigo foi assim, até hoje esse medo me assombra, não que
hoje o que me impeça de ter meu filho seja esse medo, ele foi por muitos anos o
motivo de eu ter adiado a maternidade, sempre deixando para o ano seguinte, com
a desculpa de que tinha algo a realizar antes, mas no fundo era esse medo
dentro de mim, hoje o que me impede não é mais o medo, embora ele exista, porém,
sem a força de antes, hoje são outros motivos, mas que isso é assunto
para outro dia e em outro post (rsrsrs) então...
Beijos!
Até o próximo post!
Nenhum comentário :
Postar um comentário